Este foi o primeiro romance do autor, lançado em março de
1999. Torna-se interessante ler este livro para uma pessoa que conheceu a
realidade que foi o escudo. Não se fala em euros, apenas em escudos.
Este livro tem dois níveis de intriga, protagonizados por um
jornalista de um jornal diário. No primeiro nível, chamemos-lhe assim, o
jornalista empreende aquilo que podemos chamar “jornalismo de investigação”,
onde vai em busca do rasto de obras de arte traficadas e suspeitas de
corrupção. No segundo nível, envereda mais pelo jornalismo social, em torno de
uma apresentadora da TV e por quem se apaixona.
Se este última assume um papel mais cheio de clichés
românticos, acaba por ser salva com um final inesperado da “história de amor”,
em vez do “foram felizes para sempre” que muitas vezes povoa estas histórias. E
acaba por estar intrinsecamente ligada ao nível da investigação da corrupção. Esse
assume uma narrativa fantástica, com um final infelizmente previsível, mas
ainda assim povoada com aspetos que nos fazem duvidar do rumo que tudo aquilo
poderá vir a tomar.
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