Este
foi o segundo romance do autor, posterior ao célebre Equador, publicado pela
primeira vez em 2007. É a história da vida de um homem, que começa na sua
adolescência e vai até à sua “meia-idade”. Traz-nos o retrato do Portugal do
fim da monarquia, da agoniante primeira república e sobretudo do início do
regime salazarista até ao final da 2.ª Guerra Mundial. De como viviam os
grandes proprietários alentejanos. De como sobrevivia um indivíduo inconformado
com o que o destino lhe dera: ser morgado, ou ser o dono de uma grande herdade
alentejana. De como queria mais e queria ir mais além. E é isso que este livro
retrata: a busca pelo seu lugar no mundo de um homem que não estava conformado
com o que o destino lhe deu.
Encontramos
aqui uma excelente construção narrativa, com processos encadeados ao longo das
600 páginas, alternados com uma descrição (excessiva, na nossa opinião) da
situação política que se vivia naquela altura um pouco por todo o mundo.
Personagens muito bem construídas, sobretudo o próprio protagonista, o seu
irmão, a sua mãe e a sua mulher. Chegamos ao fim com sensação de conhecer o
interior daquelas quatro pessoas no que de melhor e de pior pensam, das suas
aspirações, dos seus desejos, dos seus amores, das suas paixões.
Todo
o livro, para poder ser considerado uma obra literária, deve transmitir uma
mensagem. A d’ “O Rio das Flores” é clara: Nunca deixar de lutar por aquilo que
queremos para nós mesmos!
Sem comentários:
Enviar um comentário