Sendo um dos autores portugueses que mais aprecio, este é um livro "fora do baralho" do que costumam ser as suas obras. Segundo uma nota do próprio autor no final do livro, o primeiro capítulo deste foi escrito aos seus 16 anos, inspirado e embebido no estilo de José Saramago.
Um narrador ausente, mas em constante diálogo com o leitor, cativa-o de incessante forma a conhecer melhor a história e as estórias dos Silveira e dos "Condes". Mergulhando a narrativa em constantes analepses, trazem-nos ao presente narrativo as circunstâncias que justificam determinado acontecimento. E subitamente o livro termina. Com bastantes "pontas soltas", e com a certeza que esta história terá uma continuação. Que esperemos que nos chegue brevemente...
Este livro é a prova da versatilidade e do génio criativo que é Luís Miguel Rocha.
Eu li o primeiro livro de Luís Miguel Rocha, com o título "Um país encantado", que começa com o nascimento de Mariana Silveira e acaba com o assassinato do Conde Cosme. Depois o livro diz "Continua" e eu andava a ver se este "A Virgem" era a prometida continuação, uma vez que se encontram os dois esgotados em todo o lado. Será que afinal este "A Virgem" não é senão o mesmo primeiro livro com um título mais sensacionalista (depois do sucesso como vaticanista!) e a morte tão súbita do autor.nos deixa sem a desejada continuação? Se alguém souber a resposta, agradeço.
ResponderEliminarCaro Unknown, parece que a verdade é mesmo essa: são o mesmo livro, mas com um título diferente...
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