É sem dúvida um policial, em que os erros de um inspetor vêm
ao de cima vinte anos depois de ter sido cometido um crime e condenado um jovem
pela sua execução. Jovem este que sempre disse estar inocente. Contudo, este
crime, passado em 1983, deixou muitas pontas soltas, e a ação deste livro serve
precisamente para atar as pontas que nesta altura ficaram desatadas. E irão
descobrir-se coisas terríveis.
Este é um livro que nos faz refletir sobre o custo de querer
ser um profissional (ou dar essa imagem), passando por cima de procedimentos,
legais ou não, de outras pessoas e do seu bem-estar. Um bom nível de ação, a
descoberta interior dos dois protagonistas (o inspetor e o putativo criminoso),
adensa a trama. Não é o livro que nos faz perder o fôlego, contudo, desperta a
curiosidade e vontade de o levar até ao fim.